Nesta segunda sondagem, na qual pretendíamos saber se os nossos leitores já tinham realizado algum teste auditivo, concluímos que 22% das pessoas que responderam à nossa sondagem já realizaram o teste designado audiometria, 5% realizaram o teste do limiar de audiometria verbal, 22% realizaram a timpanometria e 61% das pessoas não realizaram qualquer tipo de teste auditivo. Verificamos que alguns testes auditivos, nomeadamente electrococleografia, resposta auditiva do tronco cerebral e discriminação, não foram realizados por nenhuma pessoa que respondeu à nossa sondagem.
A audiometria é um método de avaliação quantitativa da acuidade auditiva para os diferentes registos das frequências sonoras por meio de um aparelho radioeléctrico designado audiómetro. A audiometria pode ser tonal (utilizando sons puros), que é considerado um teste subjectivo para avaliar o grau e o tipo de perda auditiva ou vocal (utilizando voz graduada), que pesquisa a capacidade de compreensão da fala humana. O resultado é expresso num audiograma, que é um gráfico que revela as capacidades auditivas do paciente.
O limiar de audiometria verbal mede em que tom têm de ser pronunciadas as palavras para serem compreendidas. A pessoa ouve uma série de palavras de duas sílabas acentuadas da mesma maneira (ex: clara, cama, casa) ditas em volumes específicos. O volume ao qual a pessoa pode repetir correctamente metade das palavras (limiar de repetição) é o que se regista.
O exame timpanometria mede a impedância (resistência à pressão) do ouvido médio, determinando a causa da perda de audição condutiva. Os resultados deste teste indicam se o problema se deve a um bloqueio da trompa de Eustáquio (o tubo que liga o ouvido médio à parte posterior do nariz), à presença de líquido no ouvido médio ou a uma fractura na cadeia dos três ossículos que transmitem o som através do ouvido médio. Detecta ainda as alterações na contracção do músculo estapediano, que está ligado ao estribo, um dos três ossículos do ouvido médio.
A electrococleografia mede a actividade do caracol e do nervo auditivo. Designa a exploração funcional da audição que consiste em registar e medir os sinais eléctricos que se produzem ao nível da cóclea e do nervo auditivo, em resposta a uma série de estimulações sonoras muito breves e repetidas, de fases alternadamente opostas.
A resposta auditiva do tronco cerebral é um exame capaz de diferenciar entre a perda auditiva sensorial e neural. Mede os impulsos nervosos do cérebro que derivam da estimulação dos nervos auditivos. A amplificação, por computador, produz uma imagem do padrão de onda dos impulsos nervosos.
A discriminação, a capacidade de ouvir as diferenças entre as palavras que soam de forma semelhante, testa-se pronunciando pares de palavras monossilábicas parecidas. O índice de discriminação (a percentagem de palavras repetidas correctamente) encontra-se dentro de parâmetros normais quando a perda de audição é condutiva; é menor que o normal quando a perda de audição é sensorial e muito menor que o normal quando a perda de audição é neural.
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